Exame Extraordinário de Avaliação de Capacidade para Acesso ao Ensino Superior – 2004.
Veio e foi. Um texto relativamente fácil de António Alçada Batista, mas com um pedido de comentário a uma frase de Brecht.
O texto focava uma temática actual embora com um ponto de vista um pouco professoral. Se é verdade que nem todos os portugueses querem saber da cultura ( na verdade muito poucos portugueses querem saber de cultura), não deixa também de ser verdade que cultura é mais que literatura, artes pláticas, musica e dança.
Como disse numa das respostas: é mais evocador da minha “portugalidade” um cozido à portuguesa em Toronto, que a maior parte da prosa e lírica portuguesa deste século. Mas isso, se calhar, é consequência de me tocar mais “Povo que lavas no rio” que “A Portuguesa”.
Adiante para a composição: Escolhi o tema B, apesar de no caminho para casa estar a ponderar na facilidade relativa do tema C.
Como descobri bastante cedo nestas andanças só fazendo os três e depois escolhendo o que sair melhor. Mas como só há três horas par fazer tudo….
Estranhamente, se consegui fazer tudo em 160 minutos, já com correcção, outros dos presentes, uns quatro ou cinco de uma sala de 20, ficaram encravados na 2ª página da composição quando as assistentes lhes retiraram os papéis….
As estatísticas oficiosas dizem que “Ao todo estão inscritos 4.086 candidatos, dos quais 1.115 em Lisboa, 490 no Porto, 422 em Braga, 347 em Coimbra, 295 em Setúbal, 163 em Aveiro, 154 em Leiria, 133 em Santarém, 123 em Faro, 118 em Viseu e os restantes distribuídos por outros distritos em número inferior a 100.”
Dia 12 de Maio logo se vê. Não seria nem a primeira nem a última vez que o exame corre bem a alguém e depois encontra um “reprovado” na pauta.
Prova de que não é fácil é :”Em 2003 estavam inscritos nesta prova de Língua Portuguesa 3.799 candidatos ao ensino superior, dos quais apenas 1.255 foram aprovados para a prova específica e destes só 732 passaram.”