Estamos sós?
Não!
Estamos sós?
Sim.
Eu explico:
Não estamos sós! A vida é demasiado fácil de começar, e demasiado difícil de parar, se conseguir arrancar. Precisa, decerto, de algum tempo para ganhar balanço e começar a diversificar o suficiente para poder resistir a diferentes tipos de adversidades que a podem atingir.
Mas, mesmo assim estamos sós! É possível que tenhamos uns primos envergonhados em Europa e/ou Enceladus… e/ou uns primos bem afastados em Tritão… Muito provável que haja vida em 2 de cada três estrelas na galáxia…. mas mais provável ainda é que não haja ninguém com quem conversarmos.
Estamos numa ilha…. sabemos que há vida na ilha. Sabemos que há vida no mar. Temos a certeza de que há outras ilhas algures no imenso oceano. Mas não temos maneira de atravessar as distâncias que nos separam delas. Ao invés dos pigmeus em “Os Deuses devem estar loucos” não avistamos qualquer sinal do “resto” da família: nem traços de jactos no céu, nem luzes estranhas a mover-se no horizonte. O pigmeu não compreendia as causas dos sinais celestes… nem a estranha pedra que lhe caiu na cabeça (uma garrafa de Coca Cola) … mas por esses sinais deduzia que “Deuses” existiam… Nós nem isso temos. Portanto a unica coisa que podemos fazer, para sempre, é idear sobre os potenciais habitantes de outras ilhas…e esperar que de vez em quando, uma garrafa com uma mensagem, venha dar à nossa pria.
