Afirmações do Professor J. Subtil:
Quatro pontos prévios
- O processo de Bolonha está a ser um completo desastre em Portugal; criou alguns profissionais que já vivem disto, sabem esta retórica toda, dissem sempre as memas coisas em todos os sítios.. e uns outros profissionais, os do fingimento. Muitos actores falam, falam, mas é um fingimento, porque na prática nada fazem.
- A questão das propostas, do 3+2, do 4+1, parece uma brincadeira, um jogo de poker.O que de facto está aqui em causa não é uma discussão pedagógico-científica da formação ao nível superior. Toda a gente sabe que o que está aqui em causa é a questão do financiamento. Desde que o estado finacie quatro ou cinco anos… então se financiar cinco todas as pessoas se vão adapatar …por isso todas as propostas dos diversos dgrupos de trabalho apontam para o 4+1, o que quer dizer que fica tudo na mesma. O que acontece é que Bolonha está a tornar-se numa revolução nominalista, os conteudos não estºao a ser devidamente alterados, o que se está alterar é o nome das coisas
- O poder político está-se a portar muito mal em relação a todo este processo, na medida em que o mces está a ter uma atitude pro-reactiva. Nem chama a atenção às instituições que estão atrasadas, nem publica os instrumentos fundamentais para podermos estar em pé de igualdade, por exemplo a lei de autonomia do ensino superior, sem a qual as universidades e os institutos politécnicos, não sabem quais são as regras do jogo. O Dr. Malheiro no Porto fez um discurso no senado, falou com umas pessoas e ficou tudo acordado para iniciar a LCI. A Autónoma andou teve de penar dois anos a certificar tudo e mais alguma coisa para que o ministério autoriza-se a sua LCI.
- Há um lobby anti-bolonha. Estes já não fingem… estes são contra e agem contra. Entre outras coisas defendem que é preciso fazer uma coisa completamente diferente, uma Bolonha à portuguesa, que nem sequer temos de seguir as directivas de Bolonha.
- Os curso de especialização tecnológica, que o ministério quer que os establecimentos ministrem, e que até deve estar para sair legislação nesta mzatéria ( acontece de tudo neste país, até o que é preciso que aconteça). Os tecnico-profissionais de nivel 3 deviam ser, no meu entender, de nível 4. O que faz com que os procedimentos de estudos do nivel 4
Agora aquilo que eu vos quero mesmo dizer:
Em relação à BAD há duas coisas que lhe preciso de dizer: A posição oficial da BAD está clara: qualquer licenciatura e um curso de dois anos. A outra posição oficial é que os técnicos-profissioanis devem ser de nível 3 (realmente o plano de estudos não presta para nada, mas a critica da bad é nominalista, não sobre os conteúdos programáticos das disciplinas).
Existe também uma desregulação bárbara ao nível da formação. Toda a gente faz formação na àrea BAD… algumas das que agora fazem formação até criaam situações desonrosas para a profissão. Saber que existem um profissional formado por certas instituições deve ser ofensivo para o resto do corpo profissional.
Se não houver intrevenção urgente nesta área a imagem da profissão na opinião publica vai sair muito atingida.
A Faculdade de Letras do Porto pediu já alteração da Lei que permite o acesso à carreira na função publica, para colocar ma virgula seguida do necessário para dar acesso aos licenciados. É uma batalha inacreditável, com barreiras inacreditáveis levantadas pela administração publica. Deve haver alguém por detrás disto. Só pode.
Acreditação e Avaliação. A acreditação é a adequação de um curso ao exercício de uma actividade profissional, que é completamente separado da avaliação da qualidade curricular e pedagógica desse mesmo curso. O curso pode ser excelente (Logica I e II, Ética I e II e III) e formar profissionais de …
Há ispositivos sociais suficientes para tornar urgente a acreditação de cursos na área BAD mesmo que não haja dispositivos legais que o obriguem ou suportem.
Estas foram as notas que consegui tomar, que houve mais. Mas enfim. Vou ter de refletir bastante nisto e vai de certeza dar azo a algumas idéias interessantes da minha parte.