Processo de Bolonha – Lições aprendidas

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Ora bem:

Espaço Europeu de Ensino Superior, é uma espécie de livre circulação de estudantes de ensino superior em que, como no espaço Euro, os displomas de um país são aceitos noutro país como diplomas desse segundo país, chamar-lhe-ão mesmo, a essa nova moeda única, EuroPASS.

Isto é conseguido através de um redesenho do sistema de ensino levado a tal ponto que até os propósitos das universidades na sociedade foi alterado até ao tutano. Acho mesmo que perderam o objectivo primordial instituido na idade média (nenhuma idade que produz o conceito de universidade pode ser considerada média, mas enfim)!

As universidades têm agora que considerar que o objectivo do 1º ciclo, a que chamaremos licenciatura, mas noutros paises é o Bachelor’s Degree, é produzir um produto (profissionais competenetes) para um mercado (de trabalho e empregabilidade). As qualificações e definições de profissão devem ser homogeneizadas de modo a que não só possa haver circulação de produtos (licenciados) mas também de produtores (professores universitários) e igualdade de concorêmcia entre fábricas (universidades) [Não sei porquê a “it all makes perfect sense in terms of dollars and cents” de Roger Waters não me sai da cabeça].

Só se devem preocupar com “scientific concerns” ao 2ª ciclo, em que se podem preocupar com a formação “não conducente à preparação de um profissional”. Assim os nossos cursos de filosofia devem desaparecer, tornando-se em doutoramentos, onde tudo entre os Estóicos até Sartre, deve ser administrado em cerca de dois anos!

Por outro lado não é possível haver mais cursos que profissões identificadas, pelo que dos 800 cursos de licenciatura e bacharelato deveriamos ficar com 80 ( defendem alguns).

É claro que é possível produzir/criar um processo de fabrico e montagem (programa pedagógico) em filosofia, mas o único produto profissionalizável de uma fábrica de filosofia que me ocorre são os professores do ensino secundário (Alfredo Malheiro da Silva é um caso à parte), pelo que isto tude tem de levar uma grande volta.

Um 3º ciclo, para doutoramento, deverá existir para produzir sumidades empregáveis por este mesmo sistema de produção!

Claro que com a mania portuguesa de todos quererem ser doutores… o 1º ciclo vai ser considerado como um “ensino preparatório” para o mestrado e doutoramento, e será de bom tom só sair da escola ao fim dos 15 anos ininteruptos proporcionados pelo ensino básico, secudário, e 1º Ciclo Universitário. Também ninguem poderá ter um bom emprego sem esse primeiro ciclo universitário.

Mas adiante.

Por 85

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