Comentário sobre Web 2.0, Library 2.0, and Librarian 2.0: Preparing for the 2.0 World por Stephen Abram em: SirsiDynix OneSource, December Issue, Dec. 11, 2005
Para quê tentar dizê-lo melhor que o melhor.
A referência ao Manifesto Cluetrain (não sei se conhecem) é relevante na medida em que os bibliotecários, como muitos outros grupos profissionais, deixaram de estar em contacto com os clientes da informação armazenada, catalogada, indexada nas suas bibliotecas.
Por vezes parecem estar a funcionar em roda livre apenas para atingir a idade da reforma evitando constantemente a declaração de redundância.
As bibliotecas criam valor acrescentado na informação (dá-se isso em AGIC) mas a comunidade bibliotecária não está a fazer valer esse facto na sociedade.
A geração de técnicos de informação a ser preparada pelas licenciaturas I2 (Informatica-Informação) devia poder servir naturalmente de ponte sobre esse rio de mutismo de um lado e de surdez do outro.
A geração de técnicos I2 que vai chegar ao mercado de trabalho este ano, vai ter de levar os seus serviços a adoptar o estilo de vida da comunidade. Se esse estilo de vida fôr, nalgums mercados, Web 2.0, que seja. A alternativa é, conforme o Environment Scan da OCLC e a Library Image Study, também da OCLC, que o publico tenha como campeão da notoriedade como “fonte de informação” o google e não a biblioteca, que continua a considerar um prédio com livros!
Será que apesar de tudo o que os bibliotrecários fizeram desde Alexandria a mente da sociedade século XXI vai considerar que se é verdade que “biblo = livro” e “teca = caixa” deverá daí derivar que bibliotecário é um encaixotador de livros? Ou, pior ainda, ou um cangalheiro de livros? É a biblioteca o sítio onde os livros (leia-se “Informação”) vão viver… ou onde vão morrer?