10 Reasons Why the Internet Is No Substitute for a Library

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Por Mark Y. Herring
Tradução livre (em progresso):

1. Nem tudo está na Internet (Not Everything Is on the Internet)

Com mais de um bilião de págiasn na web, ningém diria… Mesmo assim, muito poucos materiais substantivos estão na internet de graça. Por exemplo, apenas 8% de todos os periódicos estão na web e a fracção de livros é ainda menor. Ambos custam dinheiro! Se quer o Journal of Biochemistry, Physics Today, Journal of American History, você vai pagar, e na casa das centenas de milhares de Euros

2. A agulha ( sua pergunta ) no palheiro (a web) (The Needle (Your Search) in the Haystack (the Web))

A internet é uma vasta biblioteca não catalogada. Quer esteja a pesquisar pelo Hotbot, Lycos, Dogpile, Infoseek ou qualquer outro motor de pesquisa e metapesquisa, nunca está a pesquisar toda a web. Muitos sítios prometem pesquisar tudo, mas a verdade é que nunca podem cumprir. Mais ainda, o que eles pesquisam não é actualizado diaria, semanal ou mesmo mensalmente, independentemente do que anunciam. Se um bibliotecário lhe dissesse “Eis 10 artigos sobre Indios Americanos (Native Americans). Temos outros 40 mas não os vou deixar ver, não agora, não ainda, não antes de você experimentar outra pesquisa noutra biblioteca.” você teria um ataque. A Internet faz-nos isto todos os dias e ninguém se parece importar

3. Não há controle de qualidade (Quality Control Doesn’t Exist)

Sim, precisamos da internet, mas além de toda a informação científica, médica e histórica ( quando correcta), há uma gigantesca pilha de lixo. Quando a juventude não está a receber educação sexual em sites XXX estão a receber formação política em sites radicais ou formação sobre relações raciais em sites da KKK. Não há controle de qualidade na web, e não é provável que alguma vez venha a haver. Ao contrário das bibliotecas onde a imprensa cor-de-rosa raramente, se alguma vez, é coleccionada, a vaidade é muitas vezes o que gera conteúdo na internet. Qualquer maluco pode publicar na web, e quanto a mim, todos os malucos o fizeram.

4. O que não sabe na verdade… aleija-o (What You Don’t Know Really Does Hurt You)

A grande bonança para as bibliotecas foi a digitalização de jornais e periódicos. Mas os sites de texto integral, se bem que grandes e bons, não estão sempre cheios. E o que você não sabe pode matá-lo.

  1. Os artigos nestes sites são, muitas vezes, omissos das suas notas de rodapé
  2. Tabelas, gráficos e fórmulas raramente são transpostas de modo legível
  3. O conteúdo de um pacote de periódicos digitais muda rapidamente, muitas vezes sem aviso

Uma biblioteca pode começar com X periódicos em Setembro e acabar com Y em Maio. O problema é que não são os mesmos entre Setembro e Maio. Apesar de a biblioteca poder ter pago 100.000 euros pelo acesso, raramente é notificada das mudanças. Enquanto que não trocaria acesso a periódicos digitalizados por nada do mundo, mas o seu uso deve ser judicioso, planeado e medido, e nunca aí depoitar uma confiança completa, total e exclusiva.

5. “O Estado pode agora comprar um livro e distribuí-lo a todas as bibliotecas via web”, é uma falsidade (States Can Now Buy One Book and Distribute to Every Library on the Web—NOT!)

E também podíamos ter uma escola nacional única, uma universidade nacional única e uma pequeno grupo de professores catedráticos a ensinar toda a gente por um canal de vídeo. Já agora, levemos isto mais além e vamos apenas ter equipas de futebol digitais, e assim poupar uma pipa de massa! Desde 19700 cerca e 50000 títulos académicos têm sido publicados em cada ano. Destes 1.5 milhões de documentos menos de um par de milhares estão disponíveis. O que está na net são 20000 títulos publicados antes de 1925. Porquê? Direitos de Autor, que elevam os preços a duas ou três vezes os custos reais de impressão. Por fim, os vendedores de livros digitalizados permitem apenas um cópia digitalizada por cada biblioteca. Se você faz a reserva dum livro via web, mais ninguém tem acesso a ele, até que liberte o documento. E se se atrasar a fazer a libertação, não há desculpas esfarrapadas tipo “o cão comeu o meu trabalho de casa”! O débito no seu cartão de crédito é automático.

6. “Eh pá! Esqueceu-se do e-book reader?” (Hey, Bud, You Forgot about E-book Readers)

Já quase todos esquecemos o que costumávamos dizer sobre o microfilme (“Bibliotecas inteiras caberiam em caixas de sapatos”). ,ou quando a telescola apareceu (“De futuro necessitaremos de menos professores”). Tente ler um livro num écran de computador por mais de meia hora. Dores de cabeça e de olhos são o mínimo que lhe vai acontecer. Seja como for, se o que está a ler tem mais de duas páginas o que faz? Imprime. Onde é que há uma falta de árvores quando se precisa? Mais ainda: os ebook reader custam entre 200 e 2000 euros, sendo que os mais baratos cansam mais a vista. Isto mudará? Sem dúvida, mas de momento não há forças no mercado para isso. Mudará em menos de 75 anos? Pouco provável.

7. “Então não há agora Universidades sem bibliotecas?” (Aren’t There Library-less Universities Now?)

No. The newest state university in California at Monterey opened without a library building a few years ago. For the last two years, they’ve been buying books by the tens of thousands because—surprise, surprise—they couldn’t find what they needed on the Internet. California Polytechnic State University, home of the world’s highest concentration of engineers and computer geeks, explored the possibility of a virtual (fully electronic) library for two years. Their solution was a $42-million traditional library with, of course, a strong electronic component. In other words, a fully virtualized library just can’t be done. Not yet, not now, not in our lifetimes.

8. “Mas uma biblioteca pública virtual resolvia a coisa, não?” (But a Virtual State Library Would Do It, Right?)

E levar o estado à bancarrota? Sim, resolvia. O custo de ter tudo digitalizado é incrivelmente alto., na zona doas dezenas de milhões de euros, só em autorizações de direitos de autor. E isto só compra uma pequena biblioteca numa pequena universidade. Questia Media, a maior operação deste género gastou 125.000.000 € a digitalizar 50.000 livros em Janeiro. A este ritmo, virtualizar uma biblioteca média de 400.000 volumes custa apenas uns meros 1.000.000.000 €. E depois tem de garantir que todos os estudantes têm acesso idêntico a tudo onde quer que se encontrem, quando eles quiserem. Finalmente, que faz com aqueles documentos raros e valiosos? Vão para o lixo? E já agora, trate de garantir que a corrente eléctrica nunca, mas nunca mesmo, falha. Claro, podemos sempre ler à luz das velas, mas leremos o quê?

9. A Internet: Um quilometro de largura, (menos de)um centimetro de profundidade ( The Internet: A Mile Wide, an Inch (or Less) Deep)

Encarar o abismo da internet é como vertigens perante o espaço profundo! Mas o vazio é não só o que lá está, mas o que lá não está. Não muita coisa na internet tem mais de 15 anos. Os vendedores de acesso a revistas por norma largam um ano sempre que começa um novo. Acesso a material mais antigo é bastante caro. Será útil, nos anos próximos, que os estudantes conheçam , e tenham acesso a, mais que o material científico produzidos apenas nos últimos 10 a 15 anos

10. A internet tem ubiquidade, mas os livros são portáteis (The Internet Is Ubiquitous but Books Are Portable)

Num inquérito recente a quem compra livros electrónicos, mais de 80% disseram gostar de comprar livros em papel, pela internet, mas não lê-los pela internet. Temos mais de 1000 anos de leitura de impressão no nosso sangue, e isso não é provável que mude nos próximos 30. Concedo que haverá mudanças nas formas de suporte dos materiais electrónicos, e essa mudanças, ou a sua maioria, serão benéficas para o público. Mas a humanidade, sendo o que é, gostará sempre de se enroscar com um bom livro, não com um portátil – pelo menos no futuro discernível.

Artigo publicado originalmente em American Libraries, April 2001, p. 76–78.
Traduzido de http://www.ala.org/alonline/news/10reasons.html

Mark Y. Herring
Decano de serviços bibliotecários
Dacus Library

Winthrop University
Rock Hill, South Carolina
USA

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