O Paradoxo (de Fermi)

O

O patente desacordo entre o tamanho e idade do Universo observável versus a patente falta de manifestações da tecnologia de outras civilizações (ativas ou extintas).

O Paradoxo, na sua forma mais simples, enuncia-se “Where is everybody?”

A versão integral enuncia-se exatamente da mesma maneira… mas contextualizando com a história de como Fermi e três outros colegas de almoço discutiram a atribuição do desaparecimento de caixotes de lixo em Nova Iorque a extraterrestres pela revista New Yorker. A conversa depressa passou para o cálculo das probabilidades de existirem, ou não, outras civilizações e, em existindo, qual o seu estado de desenvolvimento atual. Depois do almoço, já a caminho dos respetivos laboratórios, Fermi volta-se para os colegas e pergunta “Where is everybody?”.

A pergunta expressa uma das questões mais interessantes que a humanidade pode colocar: Estamos sós? E se estamos qual o nosso papel no Universo? E se não estamos? E se estamos qual o nosso papel no Universo?

Como disse o grande escritor, Arthur C. Clarke: “Two possibilities exist: either we are alone in the Universe or we are not. Both are equally terrifying.

Os grupos de soluções

Há três grandes tipologias de soluções avançadas para o Paradoxo:

  • Não estamos sós, e o contacto está estabelecido.
  • Não estamos sós, mas não há contacto.
  • Estamos sós.

Não estamos sós, e já houve contacto

Algumas das soluções:

  • Existem, já cá estão e são os “Hungaros” (ou os “Bascos”) – Hipótese Leo Szilard
  • Existem, já cá estão e denominam-se “Classe Política”
  • Existem, já cá estão e têm prazer em atirar pedras a Radivoje Lajic
  • OVNI’s
  • Já cá estiveram e deixaram (ou não) provas da sua passagem (por exemplo: vieram no tempo dos dinossauros)
  • Existem, já cá estamos
  • Estamos dentro de um Zoo
  • Cenário de interdição / Star Trek’s Prime directive
  • O Universo é uma ilusão (estamos num planetário) / Matrix
  • Deus existe e plays dice with the universe

Não estamos sós, mas não há contacto

  • Estamos muito longe uns dos outros, mesmo que nos ouçamos nunca vamos poder conversar.
  • Chegámos cedo de mais (equivalente a estarmos sós)
  • Chegámos tarde de mais (equivalente a estarmos sós, mas pior porque se nenhuma se aguentou, por que havemos de ser nós a aguentar?)
  • Vivemos em “Frequências” diferentes: A maior parte dos sistemas que já conhecemos cabe dentro da órbita de Vénus.
  • A eternidade dura muito tempo, mas as civilizações nunca duram muito.
  • Percebem mais disto que nós… e por alguma razão preferem ficar escondidos / Forbiden Forest e HeecheeGateway.
  • Já os vimos… mas não os entendemos (KIC 8462852, HD 139139, Keppler 51-b,c,d e Kepler-87c)
  • Nem todos querem colonizar galáxias: pode-se colonizar uma galáxia em 10 milhões de anos usando apenas naves mails lentas que a luz… mas porque é que alguém havia de fazer disso um objetivo?
  • Nem todos podem colonizar galáxias: a velocidade de escape de uma super-terra (o tamanho mais comum nos planetas telúricos) é proibitivamente alta para propulsão química.

Estamos sós

Pessoalmente é a que perfilho.

Pode mesmo ser que não estejamos sós, mas para todos os efeitos práticos é como se estivéssemos.

Pode indicar que já ultrapassámos o grande filtro… Não sabemos qual o filtro… pode ser a química do ciclo ATP, pode ser a ascensão da célula Eucariota. pode ser o neurónio (e com ele o sistema nervoso central).

  • Cada um de nós é um coletivo autoconsciente de células Eucariotas, sem a mitocôndria não existiria a vida Eucariota, sem o ciclo ATP não há vantagem em manter mitocôndrias (nem há bactérias), sem P (Fósforo) não há ciclo ATP… Acontece que há muito pouco P no Universo…. O carbono é comum, mas o P dá-nos a energia em excesso que permite o tamanho e a complexidade.
  • Só nós chegámos aqui
Por 85

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