Acredito que os problemas que foram resolvidos por Dewey no fim do século XIX estão agora a ser descobertos outra vez pela geração web e pela geração googlodita. A resposta destas gerações foi XML e DublinCore, em vez de UNIMARC. Mas a verdade é que o UNIMARC está 50 anos mais desenvolvido que o DublinCore.
Que se expresse Unimarc encapsulado em XML!
Que os Library Management Systems tenham a possibilidade de alunos escreverem as suas críticas. Nenhum bibliotecário irá classificar o 23ª parágrafo do 2º Capítulo como essencial para a compreensão dos conceitos de arquivistica do Malheiro… um aluno sim. Nenhum bibliotecário fará um resumo analítico que explique o método quadripolar em menos de 10 quadrissílabos… um aluno sim.
Que os Library Management Systems digam “quem requisitou esse livro requisitou também estes outros.”
Que os Library Management Systems digam um dia: “Quem requisitou esse livro nunca teve notas acima de 12” ( mas “será que quem não requisitou teve notas acima de 12?” é uma resposta que tem de aparecer na mente do utilizador…)
Afinal a Dewey Decimal Classification foi apenas uma folksonomy que vingou, não por causa de Dewey mas por causa da enfatuação da akademia americana com o sistema decimal.
Começa-se já a perceber que os as tags mono vocabulares são insuficientes. Há quantos anos não foram os bibliotecários que descobriram que não se ia longe com UNITERM?! Um dia adoptar-se-ão tags poli-vocabulares e mais um pouco apenas até que se queira estrutura e normalização.
Não sou contra a pretensa liberdade de indexar os livros como chatos. É eventualmente útil se pudermos ver que outros livros o classificador classifica como chatos, e em que medida os livros que temos em comum estão classificados com o mesmo numero de estrelas ou de bocejos.
Sou sim contra a confusão induzida pela polissemia e pela homonímia. Um dia até a tag para “chato” terá de ser normalizada.